PRECISA-SE COM URGÊNCIA DE UMA EDUCAÇÃO REAL, COM IDENTIDADE LOCAL.
Por que nosso projeto de ensino sempre bate de frente com o resultando do desenvolvimento das competências dos alunos em relação ao desenvolvimento de suas habilidades? Que planejamento de educação é esse em que se projetam cobranças, ações, tendo como base o quantitativo, deixando da lado, principalmente, a identidade do eixo vertebrador da educação em sala de aula: o professor?
Nosso objetivo, neste espaço, é promover uma reflexão sobre o planejar e o agir no processo ensino-aprendizagem.
Tomemos como eixo o pensamento do educador suíço Philippe Perrenoud, em seu livro “Avaliação: da excelência a regulação das aprendizagens. Entre duas Lógicas”, em que nos apresenta um texto, intitulado “O Bom, o Estúpido e o Vagabundo”. É sob o olhar de sua reflexão que vamos realizar a nossa. Observemos, portanto, um trecho em que define quem é cada um do título:
“O Bom seria, então, o professor que pudesse renunciar a toda avaliação certificativa para se colocar inteiramente a serviço das aprendizagens dos alunos. O Estúpido seria o examinador anônimo, primo pedagógico do soldado desconhecido, ao qual caberia o “trabalho sujo”: recusar uma certificação ou uma orientação favorável em nome da eqüidade e da manutenção do nível.
E o Vagabundo? Talvez fosse o aluno, condenado por profissão a trapacear. Trapacearia com o Bom, porque a avaliação formativa é uma intrusão em sua vida, porque não tem constantemente vontade de ser ajudado a aprender, interrogado sobre suas representações, seus erros ou seus métodos, cuidando em troca da maior transparência possível.(...)
O aluno trapaceará também com o Estúpido, o examinador, para criar ilusão e ter a paz, o direito de continuar seus estudos ou de receber seu diploma.”
Deixando o campo da avaliação, a princípio, no banco de reservas, façamos uma relação desses três agentes com o linear de toda a educação. O que vamos encontrar é uma estrutura, normalmente, fadada ao fracasso, com planejamentos filosóficos demais e práticos e reais de menos. Planos “miraculosos”, elaborados de cima para baixo, quando sabemos que na base “dessa” pirâmide estão o professor e o aluno, na verdade a essência de educar. Podemos, então, criar uma relação ousada e atrevida das personagens de Perrenoud com o sistema educacional vigente em nosso país. Diríamos que o Bom seria aquele que “acha” que está criando planejamentos eficazes, mesmo não estando em sala de aula e longe da realidade, principalmente do interior das cidades brasileiras. O Estúpido seriam os chefes de setores e de escolas que teriam que defender como excelente um processo pronto, e que advogam em seu nome, afirmando que se pode mudar em nível de unidade escolar. E o vagabundo? Seria o professor em sala, que teria a obrigação de cumprir a “receita” pronta de uma educação fictícia. E para fechar um planejamento pré-determinado a falhar, os alunos são testados em nível de “informação”, através de provas gerais, cujos resultados afirmarão a qualidade da escola, do professor e do próprio aluno. Talvez seja a hora de nós, educadores de sala de aula, realizarmos uma prova para testarmos a eficiência dos que escrevem uma história equivocada da educação.
Sinto, imensamente, pela existência de lógicas tão antagonistas.
A importância do professor e dos alunos em todo processo educativo é fato sine qua non, portanto, não se pode promover mudanças realmente significativas sem a participação desses na construção de base, e não na ilusória possibilidade de modificação. Precisamos, portanto, urgente de pessoas que acreditem em uma educação democrática e real, para que a Nação seja a previsão de um futuro de novos pensadores. É preciso que aqueles que atuem em educação sejam parte da política de construção. Só assim poderemos acreditar no sonho de uma educação brasileira que vislumbra o pensamento do século vinte e um.
Por que nosso projeto de ensino sempre bate de frente com o resultando do desenvolvimento das competências dos alunos em relação ao desenvolvimento de suas habilidades? Que planejamento de educação é esse em que se projetam cobranças, ações, tendo como base o quantitativo, deixando da lado, principalmente, a identidade do eixo vertebrador da educação em sala de aula: o professor?
Nosso objetivo, neste espaço, é promover uma reflexão sobre o planejar e o agir no processo ensino-aprendizagem.
Tomemos como eixo o pensamento do educador suíço Philippe Perrenoud, em seu livro “Avaliação: da excelência a regulação das aprendizagens. Entre duas Lógicas”, em que nos apresenta um texto, intitulado “O Bom, o Estúpido e o Vagabundo”. É sob o olhar de sua reflexão que vamos realizar a nossa. Observemos, portanto, um trecho em que define quem é cada um do título:
“O Bom seria, então, o professor que pudesse renunciar a toda avaliação certificativa para se colocar inteiramente a serviço das aprendizagens dos alunos. O Estúpido seria o examinador anônimo, primo pedagógico do soldado desconhecido, ao qual caberia o “trabalho sujo”: recusar uma certificação ou uma orientação favorável em nome da eqüidade e da manutenção do nível.
E o Vagabundo? Talvez fosse o aluno, condenado por profissão a trapacear. Trapacearia com o Bom, porque a avaliação formativa é uma intrusão em sua vida, porque não tem constantemente vontade de ser ajudado a aprender, interrogado sobre suas representações, seus erros ou seus métodos, cuidando em troca da maior transparência possível.(...)
O aluno trapaceará também com o Estúpido, o examinador, para criar ilusão e ter a paz, o direito de continuar seus estudos ou de receber seu diploma.”
Deixando o campo da avaliação, a princípio, no banco de reservas, façamos uma relação desses três agentes com o linear de toda a educação. O que vamos encontrar é uma estrutura, normalmente, fadada ao fracasso, com planejamentos filosóficos demais e práticos e reais de menos. Planos “miraculosos”, elaborados de cima para baixo, quando sabemos que na base “dessa” pirâmide estão o professor e o aluno, na verdade a essência de educar. Podemos, então, criar uma relação ousada e atrevida das personagens de Perrenoud com o sistema educacional vigente em nosso país. Diríamos que o Bom seria aquele que “acha” que está criando planejamentos eficazes, mesmo não estando em sala de aula e longe da realidade, principalmente do interior das cidades brasileiras. O Estúpido seriam os chefes de setores e de escolas que teriam que defender como excelente um processo pronto, e que advogam em seu nome, afirmando que se pode mudar em nível de unidade escolar. E o vagabundo? Seria o professor em sala, que teria a obrigação de cumprir a “receita” pronta de uma educação fictícia. E para fechar um planejamento pré-determinado a falhar, os alunos são testados em nível de “informação”, através de provas gerais, cujos resultados afirmarão a qualidade da escola, do professor e do próprio aluno. Talvez seja a hora de nós, educadores de sala de aula, realizarmos uma prova para testarmos a eficiência dos que escrevem uma história equivocada da educação.
Sinto, imensamente, pela existência de lógicas tão antagonistas.
A importância do professor e dos alunos em todo processo educativo é fato sine qua non, portanto, não se pode promover mudanças realmente significativas sem a participação desses na construção de base, e não na ilusória possibilidade de modificação. Precisamos, portanto, urgente de pessoas que acreditem em uma educação democrática e real, para que a Nação seja a previsão de um futuro de novos pensadores. É preciso que aqueles que atuem em educação sejam parte da política de construção. Só assim poderemos acreditar no sonho de uma educação brasileira que vislumbra o pensamento do século vinte e um.
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