O mundo busca gestores dinâmicos e empreendedores e o primeiro passo para esta excelência contemporânea é o aprimoramento contínuo de suas competências e habilidades, tornando-se pró-ativo ao mercado e ao próprio mundo. Nosso objetivo é partilhar caminhos para tal."É preciso mudar, e para mudar é preciso fazer diferença, e para fazer diferença é preciso pensar diferente, e pensar diferente é quebrar paradigmas, é preciso, portanto,acreditar em si mesmo.” NHS

NOSSAS POSTAGENS

A amizade é a certeza de que não estamos sozinhos e que a felicidade é uma dádiva que deve ser dividida. ( The friendship is the certainty of that we are not alone and the happiness is a gift that must be divided.)



terça-feira, 12 de abril de 2011

SÍNDROME DA DOCÊNCIA

 Hoje, 12 de abril de 2011, em menos de três horas de trabalho, ouvi o relato desmotivador de dois professores que, extremamente cansados, sofrem de reações desse cansaço, com sintomas de várias doenças e outras debilidades da saúde, que, consequentemente, acabam concretizando problemas que poderiam ser evitados. Foi a porta de entrada para mais uma reflexão sobre o mundo da docência. Angústia, pela falência do respeito e valorização; medo, pela insegurança da agressividade e da impunidade; desmotivação, pela visão neblinada de futuro; revolta, por olhar a sua volta e ver ações tão vazias vinda dos gestores que podem fazer mudanças. O professor pára e se deixa levar, é a melhor saída para não chegar ao estresse. …Já chegou! Infelizmente não podemos fechar a gaveta do trabalho, trancar a porta do escritório e deixar o serviço para o outro dia. Ele vai junto. Provas, exercícios, planejamentos, pesquisas, trabalhos, relatórios, e tantas outras burocracias, muitas necessárias à qualidade do trabalho, fazem da rotina docência um acúmulo de pensares ininterruptos, capazes de desmotivar e provocar desistências. Talvez, se ao final de um período o professor tivesse a tranquilidade de suas contas pagas e a possibilidade de um lazer com suas reservas, suas forças poderiam se renovar pela moralidade, pela valorização, pela garantia que não trabalharia apenas para cumprir um prazo de trabalho e uma deficiente aposentadoria por tempo de serviço. É preciso fazer algo mais do que mirabolantes projetos que levam a lugar algum. Basta pensar, há vários espalhados por Ministérios, Secretarias e as já antigas Coordenadorias. A Educação não precisa de planos fantásticos, mas ações simples, da qualificação e valorização do professor à modernização dos espaços educacionais, estes mesmos espaços em que alunos aindam sentam um atrás do outro e o professor, na frente, mostra-se detentor único da informação e repete a fórmula falida de um país de terceiro mundo. Acredito que toda ação decidida, ainda que em equipe, atrás de uma mesa leva à uma reação falida. É preciso que todos que detêm o poder de decisão na Educação vão a campo, olhar, partilhar, avaliar, vislumbrar, para então decidir. É preciso dar ao agente da educação moralidade para que volte a ser respeitado, mesmo que, a princípio, seja necessário agir com severidade nas causas de indisciplina e dar ao professor apoio com tolerância zero ao desrespeito de qualquer um que participe do ambiente escolar. Só para mais uma reflexão, pensemos: De 1950 para cá, o quanto o mundo corporativo se desenvolveu, se modernizou, se atualizou. Nesse mesmo período, a Educação ficou estagnada, pouquíssimo se modificou, pouquíssimo se criou. Onde estão os pensadores e filósofos da Educação, aqueles que desenvolvem pensares de forma macro?

Nasce mais uma esperança, quando vimos notícias que a Presidente do País mantém o discurso de investimento na Educação, lançado em sua posse. Então, acolhidos pela emoção da espera, abramos nossos corações para mais um voto de confiança, para que não abandonemos nossa crença num mundo melhor, educado, em que sonhos se realizam, porque, em algum momento, a semente da virtude, do conhecimento, da sabedoria foi plantada que alguém que doou amor e esperança.

Prof. Nicolau Salerno